quarta-feira, 5 de outubro de 2016

PARALISIA CEREBRAL (PC)


Imagine um tear trabalhando normalmente e entrelaçando os fios para produzir um lindo tecido. De repente, apresenta um desarranjo qualquer e passa a produzir um tecido com uma série de defeitos e o que era belo já não é tão belo assim. 



Ás vezes,  quase não se percebe o defeito. Outras vezes, o defeito é bem grande que fica impossível não reparar.

Assim é a Paralisia Cerebral. Um distúrbio provocado por uma lesão cerebral que acontece quando o cérebro ainda está em formação e cujas consequências atingem os movimentos e a postura. Porém, a paralisia cerebral após o nascimento é muito rara. Mas, não é impossível. 

Em países desenvolvidos, em que a mãe recebe todo um cuidado durante a gestação a paralisia cerebral ocorre de 1 a 5 crianças atingidas para cada 1000 nascimentos vivos. Já em países subdesenvolvidos, os casos são de 7 ou 8 para cada 1000 nascimentos vivos. O Brasil, infelizmente, não tem estatística.

Embora frequentemente a paralisia cerebral seja anterior ao nascimento, ela só é detectada algum tempo depois dele. A família percebe que o bebê não faz alguns movimentos comuns a maioria dos bebês, como virar a cabeça sozinho, manter a cabeça firme sobre o pescoço, mudar de posição no berço, dificuldade na deglutição etc. É quando procuram o pediatra para saber o que há com a criança. Outras famílias só notam bem mais tarde, quando a criança não consegue permanecer sentada ou quando passam da época de aprender a andar. Só então, procuram o médico.

As causas são variadas, tais como infecções da mãe no período de gravidez, trauma físico ou ocorre um erro metabólico durante o parto, falta de oxigenação cerebral ou trauma craniano durante o trabalho de parto, o fator Rh do bebê incompatível com o da mãe ou o bebê com icterícia grave.

As consequências da paralisia cerebral podem ser: dificuldade para falar, mastigar  e deglutir os alimentos, paralisia de um lado do corpo ou de ambos, impedir de andar, deficiência intelectual, afeta o equilíbrio do corpo, provocar cegueira, surdez ou epilepsia.


 
O ator RJ Mitte, nem parece ter paralisia cerebral

Outros, no entanto, os efeitos são bem visíveis.

Os efeitos da paralisia cerebral não se dão do mesmo jeito para todos que a possuem. Uns podem andar, outros não. Uns apresentam impossibilidade de movimentos no corpo inteiro, outros só nas pernas ou braços. Uns apresentam uma deficiência intelectual mais severa, outros mais moderada e ainda outros, uma pequena lentidão. Essas diferenças acontecem devido à localização da lesão e as áreas cerebrais que são afetadas e que formam os tipos de paralisia cerebral e que podem ser: espástica, discinética e atáxica.

A Paralisia Cerebral Espástica é quando a pessoa apresenta uma dificuldade nos movimentos causados por uma rigidez muscular, que por sua vez, é causada por uma lesão cerebral, mais precisamente no sistema piramidal. Outra consequência é a do nascimento de bebês prematuros.

A Paralisia Cerebral Discinética é aquela em que a pessoa apresenta movimentos atípicos (incomuns) e involuntários.

A Paralisia Cerebral Atáxica é aquela em que a pessoa apresenta sensação de desequilíbrio e de percepção de profundidade, causadas por uma disfunção do cerebelo.

Seja qual tipo a pessoa tiver, quanto mais rápido e precoce for o diagnóstico melhor será para o bebê. Isto porque ele precisa de atendimento precoce com vários especialistas para minorar os efeitos da paralisia cerebral e ter uma melhor qualidade de vida.