terça-feira, 31 de dezembro de 2013

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

AGRADECIMENTOS

Hoje o blog "MIL MANEIRAS ESTIMULAÇÃO PEDAGÓGICA" completa seu 3º ano de atividade.


Obrigada a todos que o acompanham nestes anos e que me incentivam a continuar. Obrigada aos que pesquisam seus interesses e preocupações e, sinceramente, espero ter ajudado de alguma forma. Obrigada também aos leitores e a todos os visitantes, sejam eles esporádicos ou assíduos, pelos comentários e sugestões, aos que fazem perguntas, aos que querem orientações em particular e a quem procuro auxiliar com todo carinho.


Sueli Freitas

domingo, 22 de dezembro de 2013

FELIZ NATAL!

A todos vocês, pais, professores, amigos e leitores que apreciam meu trabalho e que me incentivam com seus comentários e perguntas.O meu muito obrigada.

Desejo a todos um FELIZ NATAL repleto de amor, de paz e de harmonia. Que as bênçãos de Cristo caiam sobre vocês e suas famílias trazendo mais conforto para as dores, tranquilidade para o espírito, e força para superar os obstáculos que, com toda a certeza, aparecerão ao longo de nossa trajetória na Terra. Que a fé seja constantemente renovada e que a esperança seja cultivada.

São os meus votos e os do Mil Maneiras.


Sueli Freitas

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

HISTÓRIAS ANIMADAS

É tempo de NATAL. E como já estão de férias, um presentinho para a garotada.

HISTÓRIAS ANIMADAS uma coletãnea de contos de fadas para que as crianças se divirtam a valer



segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

UMA FORMA DIVERTIDA DE APRENDER CIÊNCIAS

ESTUDO DOS SERES VIVOS

Vimos em postagens anteriores que trabalhamos o conceito de seres vivos e o conceito de vida. Vimos também as partes das plantas e a importância de cada uma dessas partes (incluindo os frutos que não foram mostrados aqui) para o vegetal e para os humanos. Conversamos a respeito, nomeou os frutos, desenhou, recortou e coloriu algumas delas, como nas outras partes.



 Chega, enfim, a finalização do assunto: "A NECESSIDADE DAS PLANTAS".

Para esta parte, queria algo diferente. Algo que a criança ainda não tivesse feito. Foi então que lembrei do "teatro de fantoches". Como não havia tempo hábil para construir fantoches de frutas, o jeito era improvisar com "palitoches".

E foi o que fiz. Preparei algumas peças e apresentei para ela num teatrinho feito com uma caixa de papelão, e com o basico. Ela ficou encantada.


Terminada a apresentação, conversamos sobre cada necessidade. Mas, não esquecemos dos cuidados que as pessoas precisam ter para com elas.

Feito isso, entreguei o  teatrinho e as peças para que ela os manuseasse. Ela repetiu o que fiz e contou (do jeito dela) a história contada.


Repetiu várias vezes a história e sempre que eu mencionava a palavra "parar", ela recomeçava novamente. 

Estava  empolgada e não quis perder essa oportunidade. Chamei o pai que aguardava e pedi que ela apresentasse para ele o que tinha aprendido.

Ficou um tanto encabulada, mas fez bonito.


Está aqui, uma outra sugestão de atividade didática que pode ser trabalhada com deficientes intelectuais, mesmo que não consigam falar ou não saibam se expressar corretamente. E serve para qualquer assunto, conceito ou disciplina. O simples fato de apresentar um conceito desta maneira provoca interesse e estimula a curiosidade. 

Espero que esta sugestão seja útil para alguém e para todas as crianças, sejam elas deficientes intelectuais ou não.


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

BLOCOS LÓGICOS

RECURSO DIDÁTICO

Em 1890, o matemático húngaro Zoltan Paul Dienes, cria um material simples, mas de grande importância para o ensino da matemática, e que foi denominado de “BLOCOS LÓGICOS”. O objetivo principal era o de desenvolver o raciocínio e o exercício da lógica.

Esse material foi muito usado entre os anos de 1890 a 1934 por Vigotsky enquanto estudava e tentava compreender a formação dos conceitos infantis.

Por volta dos anos de 1950, esse material parece no cenário escolar. 

O material é composto por várias peças (quadradas, circulares e retangulares) de madeira e em tamanho e grossura diferentes e bem coloridas. Um material simples e de baixo custo. No entanto, por volta dos anos de 1980, caiu no esquecimento.

Por ser um material simples e concreto procura estimular a análise e o julgamento (raciocínio) partido da ação, portanto é um material que parte do concreto e evolui para o abstrato, além de desenvolver a linguagem em geral e a matemática, em particular.

O material permite que a criança conheça-o, observe-o, identifique e classifique cada peça. Por meio da ação concreta, ela pode realizar operações lógicas, fazer relações e correspondências, formando dessa maneira seus conhecimentos (físicos e lógicos) matemáticos (permitindo que, mais tarde, use os conhecimentos adquiridos sem a presença do material (raciocínio abstrato).

COMO TRABALHAR COM OS BLOCOS LÓGICOS?

O trabalho com os blocos lógicos consiste em se propor pequenos desafios para as crianças. Por exemplo: separar por cor, pela forma, os grandes ou os pequenos, os grossos ou os finos.

À medida que vai conseguindo, pode-se aumentar um pouco o desafio, como por exemplo, que ela separe os grossos vermelhos ou os triângulos finos azuis e assim por diante. Ao manuseando o material, pode ainda nomear as cores, a forma, a grossura e o tamanho.

Em atividades matemáticas, podem verificar ainda quantos são do mesmo tamanho, a forma (cor ou grossura) e quantidade de lados de uma peça, assim como pode verificar quantos quadrados pequenos cabem dentro de um quadrado grande ou quantos quadrados podem formar um retângulo etc.


Em uma atividade escrita, podem copiar o contorno, colorir seu interior e nomear a figura ou os lados de cada forma. Em atividade de leitura, podem colocar plaquinhas com o nome, cor, tamanho e espessura sobre cada forma.

Numa atividade artística, podem criar figuras com as peças. E utilizar essas figuras na formação de frases ou em produções de texto.

Hoje em dia, esse recurso didático é encontrado em materiais alternativos como o plástico ou em EVA e encontrado no comércio a baixíssimo custo. Ou, ainda podem ser confeccionados com papelão de gramaturas diferentes que se tem em casa (ou na escola) e cujo custo é zero.


Este recurso pode ser usado com todos os alunos, mas principalmente, deve ser usado com alunos com deficiência intelectual.

OUTRAS SUGESTÕES DE ATIVIDADES:




Imagens Google

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

SEQUÊNCIA DAS SÍLABAS NAS PALAVRAS

PARA DEFICIENTES INTELECTUAIS 

Durante a aprendizagem das letras do alfabeto a criança com deficiência intelectual trabalhou a letra isoladamente, embora tenha tomado conhecimento da família silábica também. Mas, nesta primeira fase, o aprendizado da letra é o foco principal, porque ela precisava aprender a distinguir uma da outra.

Neste trabalho, trabalhou o traçado da letra de imprensa e da cursiva, completou palavras com a letra estudada, completou várias palavras com as famílias silábicas, leu algumas palavras e encontrou seu significado colorindo, ligando ou nomeando figuras. De maneira intuitiva, as crianças puderam perceber que as palavras são feitas de sons e letras.

Feito isso, é o momento de se trabalharmos as sílabas e sua sequência nas palavras. Tudo com muita calma e paciência porque a criança deficiente precisa entender o que está fazendo e não fazer por fazer.  E para isso, existem vários jogos.



Engana-se o professor (ou pais) que as crianças deficientes intelectuais (e as sem deficiência com mais dificuldades) consigam formar palavras (mesmo que já memorizadas) com facilidade, logo após o aprendizado das famílias silábicas. Elas ainda não entendem a colocação da ordem das sílabas nas palavras.

Mas, para solucionar esse problema existem vários jogos que são divertidos para elas, principalmente, se forem desafiantes.


 1- JOGO DE COMPLETAR 


Este jogo inicia a série. Coloque uma figura e uma tabela ao lado, com tantos quadra-dinho correspondam  ás letras da palavra  na horizontal.  Na vertical, o mesmo tanto mais um. Escreva a palavra e retire uma letra em cada linha, como mostra a foto. Com a repetição do exercício fica fácil para ela. É o momento de dar um novo passo. Repita o jogo, desta vez com as sílabas estudadas.

2- JOGO DE ORDENAR PALAVRAS (em etapas)




Este é um exercício de referência. Coloque a figura e o nome separando as silabas. Embaixo, coloque traços de acordo com a quantidade de sílabas da palavra. A criança lê a palavra, associa com a figura (significado) e depois, pergunte com qual sílaba começa a palavra. Ela escreve no traço. Pergunte o que vem depois ou como termina a palavra. E, novamente, escreve. Repita algumas vezes para que compreenda o que deve ser feito.




Depois, com o tempo, vá introduzindo outras dificuldades. Repita a forma do exercício, só que desta vez, inverta a ordem das sílabas das palavras.










Se encontrar dificuldades na etapa anterior, numere as silabas na ordem em que devem ser usadas. E coloque os mesmos números nos tracinhos abaixo. 









Quando tiver entendido, substitua os números por cores, escrevendo cada sílaba em cores diferentes e que devem ser escritas em tracinhos da mesma cor.





Quando souber bem, coloque as sílabas embaralhadas em círculos, quadradinhos, triângulos ou outra forma qualquer e embaixo, um único traço. Treine bastante esta forma.









3- JOGO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS


Este jogo retorna ás legendas como referência. Escreve-se a palavra com letras separadas, mas da mesma cor as que fazem parte da mesma sílaba. Embaixo, os traços colorido na quantidade de sílabas que a palavra tem. Repita bastante esta etapa.

Quando souber bem a etapa anterior, mude para este jogo. Embaralhe várias palavras. Numere ou escreva em cores diferentes cada palavra, de modo que a criança possa identificar todas as sílabas de cada palavra. Embaixo, os tracinhos podem ser coloridos ou numerados. As figuras devem ser coloridas pela criança após ler a palavra montada. isto mostra que ela compreendeu a leitura e o significado dela.


Quando souber realizar o exercício ou jogo anterior, é hora de nova mudança. É só juntar as sílabas, ler e colorir ou desenhar o significado do que leu.


A última etapa é este jogo ou exercício. A criança deve mentalmente unir as sílabas para identificar as palavras escritas nos balões ou em outro desenho qualquer. Repita bastante este jogo.

Passadas todas  estas etapas, a criança já pode realizar os jogos silábicos e montar palavras como as da primeira foto deste post.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

FLORES DE CANUDOS DE REFRIGERANTE

Ainda estamos na primavera e flores são sempre bem vindas. E que tal matar dois coelhos com uma só cajadada? Podemos falar sobre a estação em que vivemos, sobre flores ou simplesmente fazer uma atividade artística bonita, prática e rápida e, ainda, proteger o planeta fazendo reciclagem. 

Além do mais, qualquer criança pode fazê-las, mesmo que precisem de uma ajudinha para amarrar ou colar.


Para isso, você vai precisar de canudos de refrigerantes (podem ser usados, bem lavados e secos), barbante e cola de silicone quente. Pode ser usada a cola branca, mas desgruda com facilidade.

Corte os canudos na metade ou do tamanho que preferir. Junte-os na quantidade desejada (usamos 8  a 10 partes) e, com um pedaço de barbante amarre bem forte no centro. Recorte algumas folhas de color set (ou outro) e forme um arranjo com flores individuais ou em duplas, trios e quartetos. Depois, é só prender com cola quente. Ficam muito bonitos.


 
 
Se preferir, junte todos e faça um bonito e diferente painel para decorar a sala, pátio ou o corredor da escola, ou ainda, um cantinho rústico de sua casa ou o quarto das crianças. Pode - se agregar outros elementos como flores de copos plásticos e fazer um belo painel como este. 

.
Na cesta, foi feita uma tecelagem de papel color set marrom e, depois, dei uma passada de lápis de cor branca para dar o efeito de luz. A alça foi feita de papel crepom enrolado.


Caso queira reaproveitar o painel para algum outro evento especial, acrescente algum elemento relativo ao tema do evento ou comemoração, como fiz  para a Páscoa, quando acrescentei alguns coelhinhos coloridos. Para o Natal, podem ser usadas renas ou Papai Noel em lugar dos coelhos A turminha gostou da novidade que ajudaram a construir.




Bem, fica a dica. Quem quiser aproveitar a ideia, fique a vontade. Basta por mãos á obra.

Bjs a todos

domingo, 10 de novembro de 2013

CAUSAS, DIAGNÓSTICO, CUIDADOS E TRATAMENTO DAS CONVULSÕES

Sabemos que há pessoas mais propensas às convulsões que outras. Por que isto acontece? As causas são variadas. E o diagnóstico é difícil.

Em pessoas sensíveis às convulsões, várias coisas se tornam o estopim de uma crise. Segundo o Dr DRÁUZIO VARELLA, a febre alta em crianças até 5 anos pode ser esse estopim. Já para as maiores e adolescentes, emoções fortes e intensas, exercícios vigorosos, determinados ruídos e músicas, odores ou luzes fortes podem provocá-las. Algumas doenças como meningites, encefalites, tétano, tumores cerebrais, infecção pelo HIV, epilepsia, traumas cranianos, distúrbios metabólicos (hipoglicemia, diabetes, insuficiência renal) aumentam as chances de convulsões. Fora isso, a abstinência após uso prolongado de álcool e de outras drogas, efeito colateral de alguns medicamentos e a falta de oxigenação cerebral podem agir como estopins. Porém, a febre alta, falta de sono, menstruação e stress são facilitadores e não detonadores das crises.


O QUE FAZER?

Diante de uma pessoa em crise convulsiva é recomendado que:



  • Deite-se a pessoa de lado, evitando engasgos (saliva ou vômitos)
  • Afrouxe as roupas e erga o queixo para que respire melhor.
  • Retire de sua volta tudo que possa causar machucados e ferimentos
  • JAMAIS coloque objetos na boca dessa pessoa.


  •  NUNCA TENTE puxar sua língua para fora.
  • Leve a pessoa a um médico assim que a crise passar.


DIAGNÓSTICO

Para que o diagnóstico fique mais fácil, anote tudo o que ocorreu durante a crise convulsiva.

  • Anote o que a pessoa estava fazendo, como ela reagia durante esse fazer, como a crise começou e se houve ou não algum motivo específico (briga, discussão, nervosismo, etc), quanto tempo a crise durou (do início ao fim e em minutos), o que aconteceu durante a crise (entortamentos e de que lado) e que providências foram tomadas.


TRATAMENTO

Dependendo do motivo das crises convulsivas podem ser repetitivas ou não. Nos casos mais simples, existem tratamentos medicamentosos para cada tipo de convulsão. Esses medicamentos evitam novas crises. Tendem a diminuir a frequência com o aumento da idade.

Podem diminuir e até mesmo desaparecer quando provocadas por álcool e drogas, efeito de certos medicamentos e nos distúrbios metabólicos com a correção dessas causas.


Em casos mais graves, os medicamentos ajudam no controle das crises e o tratamento é bem mais longo. E só o médico poderá afirmar se haverá cura ou não.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

RESPOSTA A UMA MÃE PREOCUPADA

Peço que me perdoem por estar interrompendo o fluxo dos temas que vínhamos tratando para mudar radicalmente o assunto. Faço essa interrupção para responder a uma sugestão, por entender que, a preocupação de uma mãe pode ser a mesma de outras tantas que vivenciam o problema das convulsões em seus filhos.

CONVULSÃO


Para que o cérebro funcione é preciso que os neurônios recebam informações. Essas informações entram pelos dendritos e são transformadas em impulsos elétricos. Esses impulsos correm por dentro do neurônio de uma ponta a outra, onde esses impulsos são transformados novamente em impulsos químicos e lançados num pequeno espaço entre um neurônio e outro, chamado de “espaço sináptico”. Os impulsos são captados pelos dendritos do neurônio mais próximo e tudo recomeça. É, desta forma, que as informações passam de um neurônio para outro, de uma área cerebral para outra e de um hemisfério cerebral para outro.


Algumas vezes, a produção de impulsos elétricos é excessiva e desorganizada. Para que se tenha uma ideia do que ocorre com o neurônio diante de uma grande produção de impulsos elétricos, imagine a caixa de força de sua casa. O que ela faz quando recebe um aumento na carga elétrica? Desliga a chave geral, não é mesmo? Ela faz isto, para não entrar em curto-circuito e queimar os aparelhos elétricos de sua casa. Ou seja, desliga para não causar um dano maior, como por exemplo, um incêndio. O mesmo acontece com os neurônios cerebrais. Eles “apagam” para não causarem danos ao cérebro. Outros neurônios que estão por perto fazem o mesmo.

E assim como a falta de luz é um incômodo causado pelo desligar da chave geral da casa. Não podemos ligar o chuveiro, o micro-ondas, a televisão, perdemos os programas favoritos, como efeitos da falta de luz. Com o cérebro acontece o mesmo. Ele também sofre com a falta de informações e de oxigênio. E não pode trabalhar direito na área do “apagão”. Um apagão que dura alguns segundos, mas que causa transtornos para o sujeito e preocupa sua família.
Os efeitos podem aparecer em apenas um lado do corpo (convulsão do tipo parcial ou focal) ou no corpo todo (convulsão generalizada). Mas, também pode ter apenas uma perda de consciência, como se fosse um desmaio. Relatar estas observações é importante para um diagnóstico mais rápido.

As convulsões parciais podem causar (ou não), a perda da consciência, o comprometimento das sensações dos órgãos dos sentidos ou provocar delírios, vertigens e alucinações. Mas, quase sempre os sintomas são leves.

Já nas convulsões generalizadas, dependendo da área cerebral atingida pelo “apagão” dos neurônios, o corpo se mostra alguns efeitos desagradáveis, como por exemplo, a contração dos músculos do corpo todo ou de uma parte dele, espumar pela boca, entornar mãos e pés e a perda da consciência. Todos estes efeitos são involuntários, ou seja, a pessoa não comanda a sua vontade.

Existem pessoas mais predispostas ás convulsões que outras. No grupo das convulsões generalizadas dois tipos são os mais frequentes: as crises de ausência (chamada de “pequeno mal”) e a epilepsia (chamada de tônico-clônica ou “grande mal”).

Na crise de ausência as pessoas ficam com um olhar vago, não atendem quando chamadas e podem (ou não) fazer ruídos com a boca. Quando despertam podem piscar repetidamente ou apresentar um tremor labial. As crises são rápidas com duração de um ou dois segundos e, muitas vezes não se dão conta disso.


Nas convulsões tônico-clônicas, a perda da consciência é rápida e sem aviso prévio, os músculos dos braços, pernas e tronco endurecem (contração) e se estendem, o rosto fica pálido ou azulado, salivam muito e parecer com uma espuma. Os olhos e boca podem ficar fechados ou abertos. Podem ainda morde a língua, fazendo-a sangrar. O corpo apresenta um tremor contínuo, ritmado, repetitivo e de difícil controle. A duração destas crises são de alguns segundos. Marcar o tempo em que a pessoa ficou inconsciente e detalhar os efeitos é importante para um diagnóstico mais preciso.

 


É importante lembrar que, embora as convulsões possam apresentar sintomas semelhantes aos da epilepsia, convulsão é uma coisa e epilepsia é outra bem diferente.


Causas, cuidados, diagnóstico e tratamento será o assunto da próxima postagem.

fonte:

sábado, 2 de novembro de 2013

PARTES DAS PLANTAS

CIÊNCIAS PARA DEFICIENTES INTELECTUAIS

Dando continuidade ao estudo de ciências, chegou a vez de estudar "As Partes da Planta". para isso, comecei com a colagem de uma árvore numa cena 




e que ficou assim:



 Ao montar a árvore e ao colocar folhas, flores e frutos, a criança me mostrou seu conhecimento sobre o assunto. Conversamos um pouco sobre isso para saber o que mais ela conhecia. E ela sabia bastante.

Partimos então para as partes, individualmente. Ela pintou o tronco e a raíz, desenhou a flor e o fruto. Mas, não conseguia desenhar a folha. Fiz com o lápis e ela cobriu com a canetinha. Conversamos o básico sobre cada parte. E cobriu os nomes que foram tracejados á medida que íamos falando sobre cada um.


Depois no caderno, ela ligou as partes da árvore com seus nomes e os escreveu.


 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

LINGUAGEM: dom ou invenção?

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM


Falar é uma atividade essencialmente humana. Apesar disso, nosso corpo não foi criado com órgãos próprios para a fala. O tão propagado “aparelho fonador”, na realidade, não existe. Então, porque falamos?

Em certo momento da história da humanidade, um dos nossos ancestrais primitivos produziu acidentalmente um som vocal e se encantou com ele.


Como andavam em grupos, foi ouvido ou mostrou a proeza aos companheiros que igualmente se encantaram e tentaram reproduzi-lo. Não durou muito para que a novidade se espalhasse por toda a comunidade. Da mesma forma, outros sons foram criados, talvez como forma de disputa para saberem quem conseguia produzir um som diferente, mais bonito, mais alto ou mais longo. O fato é que aos poucos, um vasto repertório foi sendo criado e repetido por indivíduos de todas as idades numa espécie de jogo engraçado e divertido.

Esses sons passaram a ser úteis para a sobrevivência individual e da comunidade primitiva. Determinado som servia, por exemplo, para avisar aos demais da aproximação de um animal perigoso. Um som diferente avisava que uma comunidade inimiga disposta ao ataque se aproximava da região. Para isso, foi necessário que todos os membros de uma comunidade conhecessem cada som, identificassem o seu significado e o retransmitisse. E esses sons passaram a ser ensinados e repetidos constantemente.



Com a repetição exaustiva dos sons vocais, a região bucal foi sofrendo adaptações. Adaptações como o posicionamento da boca, da língua, da quantidade de ar que seria expelido em cada som, do aparecimento e abertura das cordas vocais. E cada uma destas adaptações provocavam outras no cérebro desses homens.

 

As adaptações e modificações que alteravam a estrutura cerebral. E o pequeno cérebro de nossos ancestrais passou a ganhar células novas e especializadas na produção dos sons. E com elas, passou a se expandir e a desenvolver novas funções. Assim, o corpo modificava-se geneticamente. Modificações que passaram a ser transmitidas aos descendentes por meio da hereditariedade. Por isso, levou milhares de anos para que todos pudessem ter a capacidade de produzir e reproduzir sons vocais.

As novas conquistas adaptativas e expansão cerebral levaram outros milhares de anos para se espalhar. O cérebro humano precisou se organizar e reorganizar bilhões de vezes para criar um centro especializado na produção de sons significativos, na capacidade de diferenciar um som de outro, de identificá-los e produzir outros em resposta ao primeiro. E depois de tanto trabalho cerebral surgem os pensamentos, a compreensão e novas áreas cerebrais especializadas nessas capacidades. E foi a hereditariedade quem transformou todas estas conquistas em uma capacidade biológica e própria da espécie humana. Essa capacidade chama-se “linguagem”.



Hoje, os humanos de qualquer canto do planeta nascem com a capacidade de produzir linguagem. Entende-se por linguagem a produção de pensamentos, a produção de sons combinados e cada vez mais complexos e a compreensão e entendimento das mensagens.

Mas, por ser uma capacidade biológica inventada pelo próprio homem, precisa ser desenvolvida em cada novo ser que nasce. E esse desenvolvimento depende, única e exclusivamente da aprendizagem.


Fonte:

FONSECA, Victor. “Psicomotricidade: filogênese, ontogênese e retrogênese”. Porto Alegre, Artmed, 1998.