domingo, 21 de outubro de 2012

DIFICULDADES NA PERCEPÇÃO VISUAL


DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Vimos na postagem anterior que perceber é conhecer o que está ao nosso redor. E a visão é uma das formas mais importantes de perceber.
Mas, não basta que possamos ver. Enxergar é apenas acuidade visual. E por trás dessa acuidade há uma porção de funções, incluindo as cerebrais, que dependem do bom funcionamento dos órgãos da visão.

Tudo começa assim: por um motivo qualquer, um objeto chama a nossa atenção. Nossos olhos movimentam-se em sua direção. E a isto  chamamos “ver”. A partir daí, nossos olhos passam a percorrê-lo por inteiro, numa espécie de varredura. E a isto chamamos “olhar”.

É através do olhar que percebemos a forma, a cor e suas nuances, o tamanho, a textura, a espessura, a distância e outras tantas qualidades do objeto. E a isto, chamamos “perceber”.

Essas percepções entram pelos olhos e chegam ao nervo óptico. Nele, o que vemos se transforma numa mensagem que é levada até o cérebro. Lá, a mensagem é transformada em uma nova linguagem (transdução). Uma linguagem que possa ser lida, interpretada pelo cérebro e para que possa planejar uma resposta eficaz e convincente. Portanto, é o cérebro quem dá o significado do que vemos. Todas essas informações ficam guardadas na memória visual e na memória visual sequencial e, estas, estão diretamente ligadas á memoria geral.

Se algo não funciona bem, a mensagem chega ao cérebro de maneira equivocada, truncada, incompleta. A leitura e a interpretação realizada pelo cérebro ficam equivocadas e cheias de erros. Logicamente, as respostas cerebrais são confusas, inadequadas ou errôneas.

Olhar é importante e necessário para as aprendizagens escolares, principalmente, para a aprendizagem da leitura e da escrita. Sem essa capacidade, as crianças não se desenvolvem corretamente e podem vir a ter atrasos intelectuais. Certamente encontrarão muitos problemas com suas aprendizagens escolares devido as dificuldades para ler, escrever, calcular, desenhar, recortar, resolver problemas matemáticos e da vida prática e social.

Infelizmente, os pais só se preocupam se a criança vê. E certos dessa capacidade, relegam à segundo plano as visitas ao oftalmologista.  O correto é  fazer consultas periódicas  (a cada 2 ou 3 anos) durante o desenvolvimento infantil. E "sempre" antes de colocar a criança na escola, para evitar surpresas com a não-aprendizagem.


Fonte:
Apontamentos de aula