sexta-feira, 8 de junho de 2012

PREPARANDO O DEFICIENTE PARA A ESCRITA

Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que alfabetizar um deficiente intelectual é uma questão de paciência. E, portanto, pressa e deficiência não combinam. Tudo deve ser muito bem trabalhado de forma variada  tendo em mente  a necessidade da  repetição do que esta ensinando. Não se incomode em voltar atrás e  repetir o que acreditamos que eles  sabem. Eles precisam  fixar na memória o que sabem,  pois  encontram uma dificuldade neste item.

PREPARANDO A ESCRITA

Após mostrar a letra e o som e, enquanto trabalho os exercícios sobre isso, incluo devagar exercícios que vão prepará-las para a escrita. São exercícios sensoriais e com dificuldades progressivas e trabalhadas passo a passo.

O primeiro passo é fazê-los entrar em contato com as letras sensoriais. E consigo isto com um alfabeto móvel que pode ser de madeira ou plástico (encontrados no comércio) ou com EVA (de espessura mediana ou grossa) ou de papelão,papel cartão ou de collor set duplo, que você mesma pode fazer. O objetivo é reconhecer a letra trabalhada no meio das outras e a manipulação dela para perceber a forma.

  

O segundo passo, também sensorial, são os exercícios táteis dos movimentos que serão utilizados na escrita da letra, por ex: linhas retas, oblíquas e curvas. Esse material pode ser feito com lixa d’água media, barbante ou areia colado sobre um papel cartão ou papelão. O trabalho consiste em fazer a criança passar o dedo indicador do lado de sua preferência lateral sobre essa linha várias vezes. Mas, um movimento de cada vez. Depois de um tempo, apresente este material na sequência do movimento.

  
... entre outros e os específicos para a escrita, como os de areia colada em papel.

 

Depois, é só ir novamente para as folhas...

  

O terceiro passo, a letra sensorial que da mesma forma pode ser feita com lixa, barbante ou areia. Gosto das letras de barbante porque a criança sente quando tem que voltar sobre a linha já traçada. As outras, ela deve intuir isso. Da mesma forma, ela deve passar o dedo indicador sobre a linha. Aos poucos, introduza o som da letra.

 

Feito isso, passo para uma nova etapa: a caixa de areia. Essa areia é aquela que se coloca em vasos, colorida e bem baratinha. Coloco numa forma plástica e média, de forma a cobrir o fundo. E aí trabalha-se a escrita das letras. É nesse momento que se corrige qualquer falha no traçado. Para apagar, basta chacoalhar a forma, o que para as crianças é muito divertido. 

  

Quando o traçado estiver perfeito, passamos para outra etapa: a folha de papelNesta outra fase do trabalho, as crianças fazem o que chamamos de “rastreamento”. O material necessário é uma folha de sulfite com a letra grande e larga tendo em seu centro um pontilhado, e um lápis comum. A criança deverá unir os pontos varias vezes. A variação do rastreamento pode ser feita com lápis de cor ou caneta “hidrocor”. 

Comece com 5 vezes, pedindo que ela escolha 5 lápis ou “canetinhas” de cores diferentes e que una os pontos com cada cor. Aos poucos, peça 4, 3,2 vezes e, por fim, 1 vez. Se a dificuldade for grande, permaneça por mais tempo em cada etapa.

A Johanna, que é terapeuta ocupacional e seguidora deste blog, mostra também que os rastreamentos não precisam ser, necessariamente, feitos com lápis. Para ficar mais divertido podem ser utilizados outros brinquedos, como carrinhos, bonecos, motos, bicicletinhas e tudo o que a nossa imaginação permitir.

  
      foto da Johanna
foto da Johanna

A nova etapa é o traçado da letra no papel. Material: folha de sulfite e lápis comum. A folha pode conter o desenho pequeno da letra (para que ela possa se lembrar). E deixe-a tentar sozinha. Corrija eventuais esquecimentos, falhas ou erros de traçado que sobreviverem. Para variar, deixe-as escolher uma ou várias cores para realizar o trabalho.

Se estiver tudo correto, verificamos memorização da forma da letra.  Primeiro, por meio da imitação. Você de frente para a criança, traça no ar, com o dedo indicador a letra no sentido contrário, de forma que a criança veja de modo correto. Repita algumas vezes com ela acompanhando o seu dedo e, depois, ela continua sozinha. Se conseguir, uma nova etapa será iniciada. 

Os mesmos passos e a mesma sequència é feita com os números.

domingo, 3 de junho de 2012

PINTURA COM GUACHE

OLÁ PESSOAL!


Para as crianças que já se liberaram da timidez ou do medo de pintar com tinta, podemos deixar que a criatividade flua normalmente. Deficientes ou não precisam de momentos como este.

Pinturas figurativas mostram as habilidades que a criança possui, acalma ou tranquiliza, dá oportunidade para que expressem sentimentos através das cores e das próprias figuras.

A tinta é guache e pode ser usada pura ou misturada com um pouco de água, formando uma "aguada".

Vejam algumas realizadas com tinta pura:


O tema destas pinturas foi o " sentimento de amor".

 



Destas , com aguadas, o respeito à natureza;