sexta-feira, 22 de julho de 2011

COPIAR ENSINA A ESCREVER BEM?


Mal a criança aprende uma palavra básica, a professora já quer que a criança copie. E que copie corretamente. Então, tente copiar estas frases:

a) Ich liebe alle meine Kinder und großer intellektueller deaktiviert.

b) estimulaçãopedagógica

c) Eu amo todos os meus pequenos e grandes deficientes intelectuais.

 Qual foi a frase mais difícil e a mais fácil?

A primeira não foi fácil, mas até que você conseguiu. Mas a mais difícil foi a segunda e a mais fácil foi a terceira, não é mesmo? Você sabe por que?

Na primeira,  escrita em alemão,  como foram utilizadas letras semelhantes a que usamos, podemos copiar letra por letra, ou até mesmos de duas em duas ou de três em três, de uma só vez. A dificuldade maior ocorre porque não sabemos o significado e desconhecemos a  sonoridade das palavras.

Na segunda, desconhecemos tudo. O som, o significado e as letras impressas. Para copiá-las precisamos observar atentamente cada desenho, e assim mesmo, nem sempre fica perfeito. Além do mais, exige muito  mais esforço que a primeira.

Já a terceira foi fácil. Reconhecemos num relance cada palavra, as letras e o significado de cada uma. A chave da facilidade é pudemos "ler e entender o que copiávamos”.

Com as crianças em início de alfabetização é a mesma coisa. Para ler a crianças tem de fazer a correspondência entre: a PALAVRA IMPRESSA + o SOM + o SIGNIFICADO. Ex:

CASA  –  ca-sa  –

Já para escrever, a criança precisa identificar: o SOM + o SIGNIFICADO + a PALAVRA IMPRESSA.
Ca-sa  – - CASA

Será que a criança em início de alfabetizaçâo conhece todos os sons ensinados? Será que ela conhece um "urubu", um "helicoptero" ou um "quimono"? Outros professores partem  do cabeçalho da escola, da data ou do nome da professora etc. Será que a criança está preparada para isto?
  
Além disso, a criança precisa  fazer a discriminação de todos os detalhes das letras e do formato das palavras passadas na lousa. Depois, relacionar tudo aos sons, aos movimentos da boca para que possa pronunciar cada sílaba e, depois a palavra toda. Relacionar tudo isso aos movimentos necessários para traçar cada letra,  ligar tudo ao significado (conceito) para, somente então, reproduzir graficamente .

Mas, a criança ainda não sabe ler. Está começando a aprender conhecer ou a juntar as letras para formar as sílabas. Não sabe o que está escrito, nem conhece o significado do que está expresso ali. Por isso, a cópia se torna lenta, cansativa e ela se cansa logo. Existe, portanto, o desconhecimento da forma gráfica.

Emocionalmente, também é desgastante para ela. Nós podemos reclamar, esbravejar ou deixar para lá. Mas, a criança não. Por outro lado, a criança sabe, por intuição ou por ouvir dizer que será avaliada pelo que produz. E, se não fizer tirará nota baixa. Então, ela se esforça procurando acertar.

Mas, ao mostrar para a professora, esta reclama que está feio, que está incorreto, que não é daquele jeito. Algumas até brigam ou gritam com a criança. E assim começam as dificuldades de aprendizagens na escola, a aversão à escrita ou aos bloqueios de expressão gráfica.


 fonte:
MORAIS, Antonio M. P. "Distúrbios da Aprendizagem: uma abordagem psicopedagógica". São Paulo, Edicon, 1995.

terça-feira, 19 de julho de 2011

SINDROME DE ELLIS-VAN CREVELD

Esta é uma síndrome genética rara causada por mutações nos genes. Também é conhecida como “displasia óssea”.

Suas características são:
- Fendas palpebrais retas e nariz curto e baixo.
- Filtro labial longo.
- Na cavidade bucal, o palato é normal mas, há presença de sobra de tecido no músculo que prende a língua. O lábio superior é fino e preso á arcada dentária. Os dentes são falhos e quebradiços, já presentes no nascimento.
- Pescoço curto com sobra de pele.
- As orelhas parecem implantadas nas laterais da cabeça. Cabelos escassos e finos.
- Tórax estreito com base alargada. Parece longo devido ao encurtamento dos membros.
- Os membros e as costelas são curtos, provocando baixa estatura (nanismo)
- Há a presença de mais 1 ou 2 dedos na lateral das mãos, dos pés ou em ambos (polidactilia), com unhas defeituosas e fracas
Casamentos consangüíneos (entre parentes portadores da mutação genética proliferam a sindrome) Como é uma mutação herdada, podem ocorrer vários casos numa mesma família. Porém, a gravidade varia de pessoa para pessoa, embora todos tenham múltiplos órgãos afetados.

São frequentes os problemas cardíacos em metade dos portadores da síndrome, provocados por defeito no músculo que separa o átrio do ventrículo quer no lado direito ou esquerdo do coração ou em ambos. Um terço dos portadores da Ellis-van Creveld são nati-mortos devido aos defeitos no coração.

Dentre os efeitos dessa síndrome podem ainda ocorrer:
- A criptorquidia, que consiste no não descimento de um ou dos dois testículos para a bolsa escrotal e, conseqüentemente, atinge os meninos portadores da Síndrome,

- A epispádia, que consiste num defeito congênito causado pela má formação da uretra. Esse defeito faz com que a abertura uretral se localize mais abaixo do que o normal. Nos homens, essa abertura defeituosa pode se localizar acima ou abaixo do pênis, ou ainda dentro dele e em toda a sua extensão. Na mulheres, a malformação pode ocorrer entre o clitóris e os lábios ou no abdômen.

Pé eqüino varo congênito – consiste numa deformidade do pe causado por uma luxação do quadril, como efeito da mielominingocele, da Síndrome de Down, e de alterações do tecido conjuntivo, dificultando o andar. A correção cirúrgica deve ser recomendada após o 5º ou 6º mês de vida.
Retardo Mental – é um rebaixamento da capacidade intelectual. Provoca dificuldades na compreensão da leitura, da escrita e dos cálculos.

Fonte:

www.paulomargotto.com.br/

http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=S%C3%ADndrome+De+Ellis-Van+Creveld&lang=3

www.brasilescola.com ›

www.health32.com/.

CRIANDO CENAS COM JORNAL

ALÔ, PESSOAL!

Que tal esta atividade para o reinício das aulas? Ela é muito simples. Basta uns pedaços de jornal, cola, tesoura e papel branco ou colorido. 

As crianças desenham, recortam e colam. Nada mais. E ficam muito interessantes. Depois, elas formam frases ou produzem um texto.

Para alunos deficientes que não conseguem desenhar, recorte algumas peças, como por exemplo, uma casa, árvores, flores, nuvens e sol. Depois, ele as cola da maneira que quiser. 



Se quiser incrementar, use algumas fotos coloridas de revista. Ficam mais bonitas. Mas, tudo é uma questão dos objetivos do professor ou vista como uma variação da atividade.

Esta atividade desenvolve: a criatividade, a imaginação e o grafismo. As habilidades  recortar colar e  a coordenação motora fina, a noção espaço-temporal, o raciocínio. Pode fazer parte de qualquer disciplina.

Boa atividade!