quinta-feira, 25 de agosto de 2011

MATURIDADE PARA LER E ESCREVER

Em resposta a inúmeras solicitações, quer em conversas com pais  e o enorme interesse sobre o assunto nas pesquisas do Google,, faremos uma pausa, para responder a uma questão: como saber se meu filho (ou aluno) está pronto para ser alfabetizado?

Segundo Zorzi (2003), ler e escrever são conhecimentos que vão além do simples nomear as letras, decodificá-las ou traçá-las em letras bastão ou cursiva. Seus aprendizados implicam em conhecer as várias funções que a linguagem escrita possui em nosso meio social, as variadas formas com que se apresentam,, como e quando  utilizar cada uma dessas formas. A apropriação da escrita implica, portanto, em compreender e atribuir significados.

Atribuir significado , segundo esse autor, não se resume em decodificar a palavra escrita, pois esta capacidade depende das experiências do sujeito, o que vai muito além do que a escola ensina. Isto é, a escola tem visto a escrita apenas como uma capacidade mecânica que permite aos alunos o contato com as tarefas e conteúdos escolares. No entanto, para que a criança seja uma boa escrevente depende de certos pré-requisitos que, por sua vez, dependem das condições neuropsicomotoras.

As escolas de Educação Infantil, de uns anos para cá,  estão muito preocupadas em ensinar as letras e o alfabeto para as crianças. com isto, esquecem ou ignoram o fato de que a ausência da estimulação das habilidades básicas implicam em dificuldades de aprendizagem e que a ausência desses pré-requisitos determinam o fracasso escolar.

Considera-se a criança matura para as aprendizagens da alfabetização a criança que possui boa imagem corporal, a definição da lateralidade,  o conhecimento de direita e esquerda,  boa orientação espacial, boa orientação temporal ,boa discriminação visual e auditiva, boa memória visual e auditiva, boa linguagem oral, habilidade em sintaxe oral e capacidade de análise e síntese.

A partir de agora, veremos cada um destes prè-requisitos individualmente para conhecimento e esclarecimento a pais e professores como forma de orientação, para depois, voltarmos aos assuntos do ensino da leitura e escrita.

fonte:
ZORZI, Jaime Luiz, Aprendizagem e distúrbios da linguagem escrita, Artmed, 2003
MORAIS, Antonio M.P. Distúrbios de aprensizagem:uma abordagem psicopedagógica. Edicon, 1997.

Um comentário:

  1. Muito bom, Sueli!! Também comecei a ler sobre este assunto, com foco na psicomotricidade. Concordo com você no alerta que as escolas de educação infantil estão cada vez mais deixando a desejar naquilo que é o objetivo dessa faixa etária. Afinal, a alfabetização é um processo que ocorre no 1º, 2º e 3ºs anos e não no Jardim, né??

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